quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Conservação da Biodiversidade em Portugal II


Os resultados finais do relatório de avaliação ambiental de Portugal e do Mundo, Millennium Ecosystem Assessment, revelou a degradação actual dos ecossistemas e algumas soluções para inverter essa tendência.
Os dados preliminares da Avaliação Portuguesa do Millenium Ecosystem Assessment (Avaliação dos Ecossistemas do Milénio) foram apresentados e o relatório de síntese revelou que dois terços dos ecossistemas que suportam a vida na Terra estão degradados e poderão provocar o aumento da prevalência de várias doenças e o surgimento de outras. Este é o primeiro de uma série de documentos produzidos por 1.300 especialistas de 95 países, que visam avaliar a situação dos ecossistemas a nível global e o seu impacto no bem-estar humano.
Os cientistas que participam na avaliação consideram que as consequências da degradação ou má utilização de dois terços dos serviços dos ecossistemas que suportam a vida na terra (como a água doce, o ar puro ou a regulação climática) já são sentidas hoje e podem piorar significativamente nos próximos 50 anos.

Em Portugal ,os rios são o ecossistema em pior estado dos 33 analisados a nível nacional. A avaliação portuguesa analisou a situação dos serviços associados a sete diferentes ecossistemas: marinho, ilhas, costeiro, águas interiores, floresta, montanha, cultivado e urbano. A conclusão é que 70 por cento dos 33 serviços estarão em estado mau ou sofrível, sobretudo no que toca às águas interiores e aos ecossistemas urbanos.
Outro dos casos mais preocupantes prende-se com a degradação dos solos. A comprovar esta tendência está a ocupação dos terrenos agrícolas para construção, nomeadamente em Lisboa, de acordo com os dados os solos aráveis existentes em Lisboa estarão cobertos com construção urbana até 2015.

Este dado foi retirado de um estudo de 1997, que chegou a esta conclusão a partir do cálculo das taxas de expansão urbana sobre os solos agrícolas ao redor de Lisboa. Estas mesmas taxas, aplicadas ao que resta de bons solos, resultariam no seu desaparecimento até 2015. O ecossistema em melhor estado será o do montado. Não obstante a pressão imobiliária e das doenças que afectam os sobreiros, o montado continua firme no fornecimento de serviços na área da biodiversidade, alimentos, água, cortiça, protecção do solo e turismo.
No compto geral ,os últimos 50 anos em Portugal, tem-se registado o seguinte;

Uso do solo
O país perdeu área agrícola, sobretudo em favor de áreas hoje incultas. Os melhores solos, porém, estão a ser ocupados por urbanizações. Em 2015, não haverá solos agrícolas na zona de Lisboa.

Florestas
A área de floresta tem tido uma expansão significativa, devido à rápida expansão dos eucaliptais. Cerca de 20 por cento do valor da floresta refere-se a serviços não transaccionados, como protecção do solo e regulação de cheias.

Biodiversidade
As áreas com maior número de espécies são as que estão sujeitas a maior pressão urbana. Mas as zonas "insubstituíveis" estão cobertas pela Rede Natura 2000. A destruição de habitats e a redução da população de predadores de topo são indicadores de perda de biodiversidade.

http://groups.yahoo.com/group/biologyjobs/message/3270
http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=2346

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Conservação da Biodiversidade em Portugal


Portugal, no enquadramento europeu, é considerado um país rico e diversificado em flora e fauna.
Além das espécies tipicamente atlânticas, pode encontrar-se um grande número de espécies de
origem mediterrânea em Portugal. Possui, além disso, um elevado número de endemismos, assim
como espécies consideradas como relíquias do ponto de vista genético / biogeográfico. Os factores
decisivos para esta realidade são não só os da sua origem natural — uma vez que Portugal se encontra
no enclave de três regiões biogeográficas, recebendo influências atlânticas e mediterrâneas — mas
também os séculos de actividade humana que facultou condições ecológicas para uma evolução
harmoniosa.

Contudo, a biodiversidade existente em Portugal está ameaçada e a sua principal causa são as
modificações resultantes do processo de desenvolvimento da economia agrícola: alterações do uso
do solo, abandono de terrenos agrícolas, intensificação dos processos agrícolas, degradação da
qualidade ambiental de alguns habitats, pressão urbana sobre sistemas frágeis, são alguns dos
aspectos mais comuns e prejudiciais para a manutenção da biodiversidade.

Os incêndios fazem parte do ciclo natural das florestas. Antes do Homem ter uma participação activa
nestes fenómenos, os fogos florestais ocorriam espontaneamente num intervalo médio de 100-200
anos, estando assegurada a manutenção da reprodução dos insectos e plantas que dependiam da
floresta. Hoje em dia estes acontecimentos, por vezes de forma incontrolável e com proporções
alarmantes, são uma das principais causas da perda significativa de biodiversidade em povoamentos
florestais, assim como da redução da produção florestal.
Os incêndios queimam, em média, mais de 50.000 ha de floresta por ano em Portugal


Portugal detém uma grande diversidade florística e faunística, para a qual contribui de forma
considerável o território insular, situado no Oceano Atlântico e inserido na região da Macaronésia.
Possui um elevado número de endemismos, bem como espécies que são consideradas “relíquias” do
ponto de vista biogeográfico e genético.

Pode, assim, dizer-se que estamos perante uma situação bastante diversificada em termos de
património natural, embora variando de intensidade e significado com as épocas e as regiões.
Relativamente ao estado da flora e fauna em Portugal Continental, o “Relatório do Estado do Ambiente
de 1998” refere de forma relativamente detalhada o número e designação das espécies existentes,
bem como o seu estado de protecção.


Flora


As principais zonas de ocorrência da vegetação natural portuguesa são o litoral rochoso ou arenoso,
com especial destaque para a costa sudoeste, o nordeste transmontano e o planalto central da Serra
da Estrela.
Existem cerca de 3.000 espécies da flora vascular identificadas, das quais 124 são protegidas. Em
1996 foi possível completar estudos relacionados com a distribuição, biologia, evolução, potencial e
estado de conservação para 293 espécies de flora que, conjuntamente com a aplicação da Directiva
Habitats, permitiu concluir que 56% das espécies diminuíram a sua área de ocorrência, 26%
aumentaram e 18% mantiveram a mesma área de ocorrência.


Fauna


No que diz respeito à fauna, a publicação, em 1990, do Livro Vermelho dos Vertebrados em Portugal,
permitiu reunir conhecimentos sobre o estado dos diversos grupos taxonómicos.


In; Relatório do Estado do Ambiente 1999 — Biodiversidade

http://www.iambiente.pt/rea99/docs/26biodiv.pdf


























































Principais ameaças à biodiversidade
  • 99% das espécies encontram-se ameaçadas de risco devido as actividades humanas. Os humanos são umas das principais causas da extinção e a principal ameaça das espécies em risco de extinção;

  • A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão da fronteira agrícola em detrimento dos habitats naturais, a expansão urbana e industrial, tudo isso está a provocar a extinção de muitas espécies vegetais e animais. A cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são destruídos. As estimativas sugerem que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos.

  • A introdução de espécies animais e vegetais “alienígenas” em diferentes ecossistemas também pode ser prejudicial, pois acaba por colocar em risco a biodiversidade de toda uma área, região ou país. A introdução de espécies não autóctones pode acontecer deliberadamente, por exemplo como controle de outra espécie ou não intencional através de organismos que são transportados em contentores, navios carros, plantas ou solo. Por vezes a introdução de uma determinada espécie para controlar uma outra pode revelar-se fatal para o equilíbrio do ecossistema, tornando-se assim um problema e não uma solução.

  • A sociedade moderna - particularmente os países ricos - desperdiça grande quantidade de recursos naturais. A elevada produção e uso de papel, por exemplo, é uma ameaça constante às florestas. A exploração excessiva de algumas espécies também pode causar a sua completa extinção

  • A sobrexploração. A extracção mineira, a caça , a pesca, animais de estimação e a industria farmacêutica /medicinais ameaçam muitas espécies;
  • A poluição é outra grave ameaça à biodiversidade do planeta. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impedem a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país.
    As alterações climáticas, também são reconhecidas como um problema sério.






domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ameaças á Biodiversidade

As diferentes formas da actividade humana no ecossistema tem vindo a revelar-se “fatal” para o planeta e sobrevivência de várias espécies. O homem age na natureza sob diversas formas ;
Intensiva utilização agrícola e silvícola, com consequente aumento de utilização de fertilizantes químicos usados na agricultura intensiva. Estes químicos penetram nos solos poluindo-os e também danificando outros recursos (hidricos) A intervenção do homem nestes ecossistemas provocam um grande desequilibro.
Fragmentação dos habitats naturais , por força de urbanizações e diversos tipos de infra-estruturas., danificando e alterando a paisagem;
As chuvas acidas, desflorestação das florestas tropicais, desertificação, destruição da camada de ozono
Exposição ao turismo de massas, provocando a poluição dos recursos naturais (ar, agua)

Todas estas actividades humanas constituem um perigo para a diversidade da biodiversidade no planeta, como também são um perigo para a evolução das várias espécies, originando a sua extinção.

“ Death is one thing; an end to birth is something else.” In Myers, N. (1996), “The rich diversity of biodiversity issues”